quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Viver e o tempo

Na música que escutei em minha adolescência pelas ruas desertas e ensolaradas das tardes de verão, no vento que antecipava um temporal e o cheiro de terra e asfalto molhado daqueles dias sem fim. Sim dias que não terminam jamais , se transformam em lembranças eternas , lembranças que eternizam  momentos e cheiros. Já na noite tinha a companhia de pirilampos e estrelas rarefeitas pela luz da cidade, mesmo assim  deslumbrava lugares e silêncios quebrados pelo murmúrio de vozes. Lindas madrugadas envolta em mistérios a decifrar, povoada de lugares a desafiar minha curiosidade.
Hoje ando na mesma tarde e noite, navegando na mesma nau, escutando sons e admirando luzes com a mesma sede de outrora.  

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