domingo, 31 de julho de 2011

Volátil

Nessas viagens que empreendemos em vivenciar romances, amores, ou seja, lá qual nome dar aos relacionamentos, algumas vezes extrapolamos o limite do superficial... É muito cômodo para algumas pessoas, saborear os encantos limitados das aparências, buscarem nas sensações físicas momentâneas respostas para suas carências. Poucas buscam a essência, busca essa que se configura em um desmascarar de papeis vivenciados, de falsidades proferidas como se fosse verdades, escavar e procurar no vazio das palavras não ditas, oculto nas entrelinhas do silêncio algum significado, talvez seja o caminho mais difícil para se buscar o entendimento nesta imensidão de personagens que adotamos sem nós darmos conta. Muitas vezes é um descortinar de fraquezas, de medo de assumir realidades e compromissos, medo de partilhar sem fronteiras as coisas boas e ruins. Assim aquele que não se contenta em viajar pela superfície dos relacionamentos, tem que arcar com o ônus das tempestades e ventos fortes que o ego alheio invoca para se proteger, e se conseguir chegar ao objetivo é porque realmente valeu à pena. Talvez este seja o medo, que muitas pessoas têm, de serem descobertas por inteiro, é por isso que sentimentos fugazes seduzem e atraem aqueles que não estão preparados para vivenciar transformações no seu jeito de ser e sentir e compartilhar. O amor torna-se palavra comum, repetida mil vezes perde a essência quando não encontra amparo nas atitudes.

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