sábado, 4 de junho de 2011

Sábado eu e tu.


Hoje, no frio que envolve a tarde, aproveitando a solidão que ambos desfrutávamos quebrando o silêncio no ronco do mate, caminhaste nos fragmentos das minhas lembranças rumo aos portais do meu coração...
Avistou conforme me relataste inúmeras entradas; cadeados e trancas empoeiradas pelo tempo, e descobriu uma porta entreaberta, esquecida, como se alguém tivesse saído às pressas repentinamente sem olhar para trás... Não hesitou e entrou e lá dentro me encontrou, tão logo me avistou me pegou pela mão e me levou para conhecer a sua solidão, me levou aonde eu queria estar.
Não falou nada, eu também não falei, somente me arrebatou , tirou de mim o que mataria tua sede momentânea, misturou nossas carências nos vapores exalados de nossa excitação, brincou , chorou e sorriu, não houve sentimentos profundos, navegamos na superficialidade e aproveitamos a ausência de expectativas, saciamos simplesmente a vontade de nossos corpos que nossos olhares a muito tempo quando se cruzavam insistiam em denunciar.

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